28 de maio de 2022Líder da atual temporada da Fórmula 2, vencedor das duas corridas da última etapa, em Barcelona, e pole position da categoria em Mônaco, Felipe Drugovich segue impressionando o mundo do automobilismo e desponta cada vez mais como um possível nome para pilotar na Fórmula 1.
Caso isso se concretize, o Brasil voltaria a ter um titular no grid da elite do esporte a motor pela 1ª vez desde 2017, quando Felipe Massa disputou sua temporada final pela Williams.
Sander Dorsman, chefe do piloto na F2, falou sobre as chances de Felipe chegar à F1. “O que sempre me surpreende é que o Brasil é um país tão grande e que tem tantos grandes patrocinadores ativos no esporte… Então o que eu diria a eles é: acordem, vejam o que Felipe está fazendo e apoiem ele. Para que então você possa torná-lo possível. Todos os pilotos, incluindo Felipe, não podem fazer isso sozinhos”, destacou o dirigente.
“Ele precisa do apoio de uma equipe que esteja disposta a buscá-lo, mas também de empresas. É uma combinação política. Mas se as empresas o apoiassem, com certeza facilitariam muito a vida de Felipe. Ele seria uma peça de marketing interessante para uma empresa. E seria bom para a F1 ter um piloto brasileiro novamente“, ponderou Dorsman, que também fez questão de ver o lado positivo da atual situação de Drugovich.
“Talvez seja uma sorte para ele que uma grande empresa ainda não o tenha contratado. Ele ainda é um piloto ‘disponível’ por causa disso, ainda não está associado a nenhuma marca. Ele ainda pode ir em qualquer direção em relação a potenciais patrocinadores. Você também vê a popularidade dele aumentando“.
“E Felipe é consistente. Ele é um piloto inteligente e terminou nos pontos em todas as corridas. E é claro que você também tem que ganhar algumas corridas. Especialmente este ano com o novo sistema de pontos. Se você vencer algumas das corridas principais, isso começa a somar. Acho que o Felipe tem um equilíbrio muito bom agora. Ele sabe quando ultrapassar e avançar, sabe quando esperar porque é mais inteligente não ‘dar tudo de si’ e fazer um movimento kamikaze.“
“Felipe tem um bom senso para esse equilíbrio. Portanto, trata-se de ser agressivo nos momentos certos. Você precisa ser esperto e garantir os pontos. Algo como Barcelona não deve acontecer aqui em Mônaco, então vamos apenas manter nossos pés no chão. Mas eu gostaria muito de ver isso (chegar à F1) acontecer com o Felipe“, completou Sander Dorsman.